PACIENTES IDOSOS, CUIDADOS ESPECIAIS.



Embora representem apenas cerca de 10% da população brasileira, as pessoas com mais de 60 anos respondem por 30% a 40% das internações hospitalares.Doenças surgem ou se agravam com a idade e se não forem adequadamente controladas podem resultar em sequelas, como no caso de um infarto ou um acidente vascular cerebral, acarretando sérias limitações para esses indivíduos.É um contexto que desafia as instituições e os profissionais de saúde, pois o processo de envelhecimento se dá de forma diversa em cada indivíduo e essas especificidades têm um grande impacto sobre os cuidados que devem ser tomados com o paciente idoso.
Assim, a regra número 1 é identificar o perfil do idoso que será tratado pois, mais que em outros grupos de pacientes, o tratamento individualizado é fundamentl.Nessa faixa etária muda até o conceito de "estar doente".Quem tem doenças crônicas, como pressão alta e diabetes, dentre outras, mas convive com elas sob controle, sem sequelas ou limitações funcionais, é considerado suadável.O idoso é considerado doente quando perde sua funcionalidade.
Evidentemente, o grande contigente dos que precisam de atendimento hospitalar são os idosos mais fragilizados, com maior comprometimento das capacidades.E isso requer cuidados especiais das instituições- das instalações físicas ao preparo das equipes médica e assistencial.Idosos debilitados devem ser avaliados de maneira mais específica com o uso de escalas para estabelecer com maior exatidão o grau de vulnerabilidade e riscos de piora funcional, complicações ou morte.Também são fundamentais procedimentos rigorosos para evitar riscos como quedas e interações medicamentosas.
Outro aspecto relevante é o plano de reabilitação, que deve prevenir um fato muito comum:idosos que são internados por um problema clínico específico, mas tem desdobramentos funcionais que prolongam sua permanência no hospitaL, com risco de complicações como infecções hospitalares, por exemplo.
Em síntese, é ampla a gama de cuidados que o paciente idoso requer.E num país como o Brasil, em que as taxas de expectativa de vida são crescentes, os sistemas, instituições e profissionais de saúde precisam estar preparados para lidar com essa nova e desafiadora realidade.Em outra ponta, vale insistir numa recomendação sempre valiosa:já que o envelhecimento é inevitável, melhor investir desde jovem en hábitos saudáveis e tratar as doenças crônicas logo aos primeiros sinais, que costumam aparecer na faixa dos 40 anos, ou seja, bem antes de o indívíduo ser considerado idoso.
 
 
 
 
O idoso que tem doenças crônicas, mas convive com elas sobre controle, sem sequelas ou limitações, pode ser considerado saudável.
 
 
 

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